No encontro online desta semana, promovido pela PMA Talks Latam, os principais líderes da indústria do FLV (Frutas, Legumes e Verduras) do Brasil, Chile e México se reuniram para discutir sobre os impactos e as adaptações que todos eles estão fazendo nos últimos meses para lidar com a crise do novo coronavírus.
Alguns conceitos entre eles foram unânimes. Como por exemplo:
– O shopper passou a consumir de uma forma mais racional, gastando somente o necessário para subsistência;
– Além disso, ele está disposto a continuar priorizando as suas compras pelas plataformas, reduzindo cada vez mais a sua frequência nas lojas físicas;
– Enquanto estiverem em casa, as pessoas continuarão dando preferência pelas compras dos produtos embalados no tamanho família;
– Além disso, os consumidores de toda a América Latina passaram a comprar mais batatas e abacates para o preparo dos seus alimentos, além dos orgânicos.
Na opinião de José Antonio Gomez, managing diretor da Camposol, maior produtor de FLV do Peru, esta nova realidade da pandemia fez com que as pessoas, que antes não sabiam, aprendessem a cozinhar. “A internet os ajuda a preparar as receitas que gostavam, como por exemplo, a guacamole, muito consumida não só no nosso país, como também nos Estados Unidos e no Brasil, entre outros”, explica.
Sobre o assunto, John Price, managing diretor do Americas Market Intelligence, nos Estados Unidos, notou durante um estudo que eles realizaram, que esse novo hábito está sendo adotado inclusive pelos millennials. “O vírus da Covid-19 os obrigou a assistir mais aulas de receitas e a dar preferência pelos produtos mais frescos ou orgânicos para produzi-las. Por isso, por exemplo, que o consumo do abacate tem aumentado. Tacos nos Estados Unidos hoje é consumido tanto quanto espaguete”.
Por conta de toda essa mudança de hábito, Gomez destacou que “o modelo da Amazon deve prevalecer na cadeia alimentar do varejo, com melhor qualidade e bom preço, e que as vendas dos orgânicos devem aumentar dois dígitos, nos próximos dois anos. Mas para isso, precisaremos fazer a nossa lição de casa em termos de maior investimento em tecnologia para o supply chain, já que praticamente estamos contando as frutas nas mãos”, defende.
Fonte: Super Varejo