Café & Negócios AMAS mostra como o setor produtivo deve proceder na adoção de novas tecnologias em benefício do comércio e, principalmente dos consumidores
No mês de outubro a AMAS – Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados – realizou o último Café & Negócios AMAS de 2019. O tema apresentado e discutido no encontro foi o RAMA – Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos (gestão de qualidade). Mais de 60 empresários, representantes do setor supermercadista, debateram detalhes com o expositor Matheus Schnneider, coordenador Comercial da PariPassu (empresa de sistema rastreador).
A reunião foi realizada pela manhã, e logo na chegada todos foram recepcionados com uma linda e farta mesa de Coffee Break, oferecida pela Grand Salette, empresa que traz para o mercado uma opção de panificação tradicional, com resultados eficientes e rentáveis.
O Programa RAMA, é uma técnica que alterou o perfil do trabalho no campo e tem influenciado na diminuição da mão de obra no setor nos últimos 11 anos, segundo o levantamento do IBGE.
O que é a rastreabilidade –Em resumo, a rastreabilidade é saber: Quem produziu? O quê? Quando? Como? E para quem vendeu? Contribuindo para a identificação do produtor, em se tratando de identificação de produtos com resíduos de agrotóxicos proibidos ou acima dos limites máximos permitidos pela legislação. É uma forma de aumentar a segurança alimentar no Brasil, garantindo alimentação saudável à população. Outros países da Ásia, Estados Unidos e Europa já possuem sistemas de rastreamento de vegetais in natura.
Neste contexto Matheus explica, que “o supermercadista, enfrenta hoje um momento de mudança no perfil de consumo, os consumidores querem saber das coisas como veio, como foi produzido, se respeitou o meio ambiente, se houve boas práticas agrícolas, se colocou ou não agrotóxico da maneira correta colocando em risco a saúde, diz o coordenador da PariPassu ao destacar que “essas informações nunca foram tão demandas nos supermercados, é como se fosse o rotulo do alimento”.
Diferencial – Na visão dos comerciantes o programa RAMA ou o processo de rastreabilidade como uma nova postura técnica do produtor ao consumidor, há mais transparência e conhecimento da base de fornecedores, que permite a construção de uma estrutura de gestão de risco dos produtores e propicia mais clareza para quem produz, comercializa e consome.
Como diz Valmir Antônio Estrada, proprietário do Supermercado Maná, “a questão da qualidade na distribuição vai aumentar, com a rastreabilidade nós vamos saber de onde estão vindo os produtos, quem são os melhores produtores e com isso também agregar valores aos produtos pela certeza de que estamos comprando produtos de qualidade e nutricionais. Por mais que a lei venha para obrigar os supermercadistas, produtores e distribuidores, é um diferencial que o supermercadista pode ter no seu comércio”, aponta Valmir.
“Toda mudança gera desconforto, mas já faz dois meses que estamos implementando o sistema em nossa empresa, isso faz com que possamos nos adaptar ao novo modo de pensar dos novos consumidores. Assim como os clientes eu também gostaria de saber de onde vem o meu alimento e se foi produzido de maneira correta. Durante esses dois meses 30% dos hortifrutis da minha loja já estão saindo com o Qr-Codes. E, assim como eu, os nossos produtores/ fornecedores também estão se adaptando”. Afirma o empresário Carlos Renato da Silva, da Mape Frutas.
O mais importante, lembra o expositor da PariPassu, “é que os custos do sistema são muito flexíveis de acordo com o tamanho do negócio do agricultor, do distribuidor e do supermercadista, para que não pese na conta ao final do mês para ninguém”.
Como atingir o cliente – Para o presidente da Amas Edmilson Veratti, a palestra trouxe importantes informações sobre a relação campo x comércio x consumidor. Excluiu algumas “falsas verdades” que as pessoas estavam colocando referente a rastreabilidade. “O expositor foi muito claro e objetivo ao apresentar os benefícios que os supermercadistas têm em aderir a rastreabilidade, não só custo de desembolso imediato, assim como dedicação e tempo, exigindo paciência”, afirma o Presidente.
Aceitação dos produtores – Os produtores de pequeno porte de Campo Grande, também estão aderindo ao sistema de rastreabilidade. Há exemplos como o da Olga Gonda e do marido Hélio Gonda, que trabalham com a produção de berinjela, pepino, limão, acelga, repolho e cebola a mais de 30 anos. Segundo o casal “a rastreabilidade é algo muito novo, mas nós estamos nos adaptando e tenho certeza que isso trará benefícios a todos”.
A visão do consumidor – Para a funcionária pública Maria José Araújo, foi uma surpresa boa, pois há algum tempo já compra alimentos que contém o sistema de Qr-Code e, segundo ela, não sabia a utilidade do código. Agora que descobriu a função vai utilizar com mais freqüência até se tornar um hábito. “A meu ver isso vai ser benéfico tanto para mim e toda minha família, quanto para todos os consumidores. Na minha casa estamos comprando frutas, verduras e legumes com mais freqüência. Isso tudo para melhorar nossa alimentação”, disse confirmando a explanação de Matheus, e enfatizou importante detalhe citado pelo Presidente da Amas: “Agora que sei que posso acompanhar todo o procedimento de produção do alimento posso confiar na qualidade e consumir com segurança, sinto-me muito mais segura em comprar”, comemorou Maria José.
Para adesão ao sistema RAMA é muito simples, basta o agricultor ou o supermercadista e o distribuidor, fazer contato com a PariPassu, empresa Desenvolvedora de soluções de tecnologia para a Gestão Agrícola, Rastreabilidade, Recall e Gestão da Qualidade, clique aqui.
Legislação –O sistema de rastreabilidade de vegetais frescos (frutas, verduras, legumes, raízes, tubérculos e hortaliças vendidos in natura) entrou em vigor no Brasil em 8 de agosto deste ano, dando maior transparência aos processos de produção e logística dos produtos agropecuários. A Instrução Normativa Conjunta nº 2 (INC2) do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde), de 8 de fevereiro de 2018, será aplicada em todo o território nacional, de forma gradativa e por grupos de alimentos, até agosto de 2021. O objetivo da normativa é o monitoramento e controle dos resíduos de agrotóxicos.
Assim, o consumidor terá o conhecimento da origem dos produtos consumidos.
Baixe a apresentação completa da palestra sobre o RAMA – Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos -, clique aqui.
Assessoria de Comunicação AMAS