Sexta-feira, 19h, seu expediente acabou. Você está sonhando com aquela cerveja geladinha e uma batatinha para beliscar ou, quem sabe uma taça de vinho com um queijo para petiscar, mas aí você abre a sua geladeira e… nada! O que fazer? Pegar o carro e ir até o supermercado mais perto ou deixar o desejo para outro dia? Triste dilema.
Para muitos esse problema deixou de existir. A solução passou a estar a alguns passos de casa, onde é possível encontrar esses produtos e muitos outros num micro ponto comercial.
Micro pontos, micromarket, micro mercados. Existem muitas maneiras diferentes de chamar a nova tendência do varejo, que vem crescendo a passos largos esse ano.
As mais conhecidas vending machines, aquelas máquinas automáticas que vendem, principalmente, snacks e bebidas e que encontramos em hotéis, shoppings e hospitais, já não são mais as queridinhas do comércio de conveniência. Entram em cena os micro pontos comerciais ou também conhecidas lojas autônomas.
A primeira ideia que vem à cabeça quando pensamos numa loja autônoma é um robô dando bom dia e abrindo a porta. Calma, ainda não chegamos lá! Sim, a tecnologia é a estrela da vez, mas é muito mais simples do que você imagina.
Um micro ponto comercial autônomo é como uma loja de conveniência, só que fica localizada dentro de condomínios ou grandes empresas e tem como objetivo facilitar a vida do consumidor, entregando muito mais conforto, numa relação baseada em confiança. A segurança é feita apenas por meio de câmeras e o acesso à loja é, normalmente, controlado.
Sem funcionários, a loja funciona 24 horas, 7 dias por semana e, para comprar, basta que o cliente baixe o aplicativo da loja, selecione o que deseja, escaneie o código de barras e pague. Pronto, pode pegar o produto e levar para casa. Os produtos ficam expostos como em um mercado tradicional e o mix varia de acordo com a estratégia de cada empresa, mas vão desde refrigerados, às hortaliças e produtos não perecíveis.
E, quais são as vantagens desse modelo de negócios? Primeiramente, é uma excelente maneira de fortalecer o relacionamento com os consumidores e criar uma experiência de compra inteiramente nova. Depois, é uma forma de aumentar vendas e até criar um novo empreendimento.
Segundo o depoimento de empresas e empreendedores que já estão atuando com micro pontos, o fato de não ter funcionários pode gerar uma economia de até R$ 10 mil por mês. O esforço fica centralizado no entendimento do mix a ser ofertado e na reposição de estoque.
Mais, recentemente, a reconhecida rede de supermercados Hirota, com 46 anos de atuação, lançou o Hirota Food Express, marca de lojas autônomas da rede. O projeto é abrir 80 lojas nesse modelo até o final de 2021. Fora do Brasil esse mercado já é bastante expressivo. A Amazon Go, quando foi lançada em janeiro de 2018, causou frisson no mundo todo. Para muitos, uma realidade distante ainda para o nosso país. Mas, sem dúvida, uma tendência do varejo 4.0 que demanda reestruturações profundas de visão de negócios, processos e investimentos.
Talvez ainda não seja o tempo certo para os robôs, mas é inegável que o consumidor está cada vez mais exigente e deseja soluções mais práticas para o seu dia a dia. Levar a sua loja até ele ao invés de ficar esperando ele ir até você é uma solução acessível para criar vínculo e garantir vendas. Deixe a tecnologia entrar e te surpreender. Te garanto que não vai se arrepender.
Fonte: Infovarejo