Com a viabilização da Rota Bioceânica, que ligará o Brasil ao Chile, passando por Paraguai e Argentina, os produtos sul-mato-grossenses poderão tornar-se mais competitivos para o mercado externo e, principalmente, para o Chile. Esse foi o tema da live promovida pelo Sebrae/MS e CIN/MS (Centro Internacional de Negócios de Mato Grosso do Sul) para ajudar as empresas do Estado sobre as oportunidades de novos mercados.
Segundo o superintendente do IEL, José Fernando do Amaral, que responde pelo CIN/MS, a instituição é preparada para ajudar os empresários que desejam se internacionalizar. “Esse é nosso DNA e estamos aqui para apoiar tanto exportadores e importadores brasileiros como chileno, seja com cursos, treinamentos, consultorias e ajuda com as licenças e documentos necessários. Vale reforçar que temos capacidade para atender empresas de todos os portes”, afirmou.
Na avaliação do diretor de operações do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro, a live é uma oportunidade para que as pequenas empresas de Mato Grosso do Sul consigam vislumbrar potenciais mercados. “Os pequenos negócios podem perceber que essa é uma primeira abordagem que estamos fazendo para que eles tenham esse olhar para fora do Brasil. Com assessoria e apoio do Sebrae e do CIN eles podem se preparar para ousar exportar para outros mercados ou mesmo importar outros produtos do Chile”, comentou.
Mercado Chileno
O ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, ressaltou que a relevância do mercado chileno para o Brasil e Mato Grosso do Sul não apenas na relação comercial, mas também com relação a investimentos. “Pelas experiências, podemos ver várias possibilidades de desdobramentos e vimos que é possível gerar empregos, ampliar produção, internacionalizar a experiência produtiva mesmo na pandemia, em um momento em que a economia está em retração”, salientou.
Ele acrescentou que a abertura do corredor rodoviário vai aproximar o Brasil não só do Chile, mas também do mercado asiático e países como Colômbia, Peru, Argentina e Paraguai. “Isso vai nos permitir importar insumos que poderão ser transformados em Mato Grosso do Sul e compor um produto agregado. Além disso, melhorias de infraestrutura e corredores atraem investimentos e investimentos de qualidade”, completou.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, destacou que Mato Grosso do Sul vem desenvolvendo um trabalho muito forte com o Chile e que os próximos passos com a Rota Bioceânica estão se concentrando na criação de uma rota alfandegária. “É realmente uma oportunidade muito grande e o Sebrae e o CIN vêm ajudando essas empresas. As obras não estão atrasadas com a pandemia e as dificuldades decorrentes do coronavírus já foram superadas, então estamos dentro do planejamento previsto”, salientou.
Já Maria Julia Riquelme, que é diretora comercial do Prochile, instituição chilena que tem como missão promover as exportações dos produtos e serviços, explicou que o Brasil é o principal parceiro comercial do país na América Latina e o 4º no mundo. “Existe uma relação de mercado extremamente importante entre os dois países e o Chile ocupa o segundo lugar nas exportações brasileiras, depois da argentina. Por isso vejo esse momento de discussão muito importante para mostrarmos nossas potencialidades e estreitar ainda mais as nossas relações”, pontuou.
Fonte: FIEMS