De acordo com a “cesta pandemia”, montada pela FecomercioSP e que leva em conta os itens essenciais que compõem as cinco categorias mais vendidas, o mês de agosto teve uma alta de 8,10% na inflação, na comparação com o mesmo período do ano passado. As categorias mais atingidas, conforme a cesta, foram: Alimentação no domicílio (11,11%); Alimentação e Bebidas (7,96%); Habitação – com artigos de limpeza (4,16%); Serviços de Saúde (6,09%) e Cuidados Pessoais (4,72%).
O aumento nos produtos mais consumidos durante a pandemia ocorreu mesmo com a baixa da inflação (correspondente ao IPCA 15 do IBGE, para a região metropolitana de São Paulo) de 0,23%. No caso da categoria Alimentação e Bebidas, os itens que obtiveram os índices mais elevados foram os mais procurados para as refeições diárias, como por exemplo: feijão-carioca (46,7%), músculo (27,9%), laranja-pera (26,7%), leite longa vida (24,7%) e arroz (22,72%).
Por outro lado, na mesma categoria, seis dos 29 itens analisados registraram queda nos preços, entre eles: a cenoura (-29,2%), batata-inglesa (-10,6%), massa semipreparada (-3,65%), palmito em conserva (-2,5%), cerveja (-1,6%), e refrigerante e água mineral (-0,55%).
Já o grupo de Habitação engloba os produtos de limpeza, onde o detergente e o sabão em pó se destacaram como os itens mais caros em relação a agosto do ano passado, com 7,27% e 2,7%, respectivamente, por conta do uso frequente para evitar o contágio com o coronavírus.
No caso da Saúde houve uma alta nos custos dos planos de saúde (7,28%) e das internações e cirurgias (2,42%).
Conclusões gerais
Conforme os números levantados no mês de agosto, a pesquisa da FecomercioSP mostra que os domicílios continuam priorizando as compras dos itens básicos (alimentos, produtos de higiene, produtos de limpeza e dispêndios com saúde), por cautela ou por pelo fato de haver uma restrição orçamentária.
E sendo assim, a Federação recomenda que as famílias priorizem a compra dos alimentos em época de safra, geralmente com os preços mais acessíveis, e aos empresários, que fiquem atentos às safras de alimentos e atualizem o seu mix de produtos, de acordo com os produtos mais consumidos.
Fonte: Super Varejo