O feijão está entre os produtos com quedas mais expressivas
De janeiro a setembro, o Consumo nos Lares Brasileiros acumulou alta de 2,62%, comparado ao mesmo período de 2022, conforme divulgado pela Abras – Associação Brasileira de Supermercados.
De acordo com a Abras, em setembro, o consumo se manteve no patamar de crescimento em relação ao mês anterior (+0,80%). Na comparação, com setembro do ano passado, o crescimento é de 1,10%.
O levantamento divulgado pela ABRAS contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados e os indicadores são deflacionados pelo IPCA – índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, medido pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
“O consumo se mantém firme e tende a seguir neste ritmo até o final do ano, uma vez que passamos a compará-lo com uma base forte de crescimento. Há de se recordar que foram injetados cerca de R$ 41,2 bilhões na economia com a PEC dos Benefícios no ano anterior, que impulsionou o consumo no segundo semestre. Neste ano, os recursos escalonados e mais previsíveis movimentam a economia e sustentam o consumo no domicílio, assim como as quedas consecutivas nos preços dos alimentos”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
Para o presidente da AMAS – Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados, Denyson Prado, são números importantes para o setor. “Temos acompanhado o crescimento ao longo deste ano, mas ainda precisamos crescer e trazer mais tranquilidade para o mercado, que vem se movimentando após três anos de pandemia e de crises econômicas”.
Abrasmercado
O levantamento Abrasmercado encerra setembro em queda de -1,72% e apontou que todos os itens da cesta de lácteos e de proteína registram queda ao longo do mês, no comparativo com agosto.
O indicador mede a variação da cesta composta por 35 produtos de largo consumo como alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza e higiene pessoal.
O feijão puxou uma das quedas mais expressivas, com -7,55%. No acumulado do ano a queda é de -19,36%. A farinha de trigo apresentou queda de -3,25%, óleo de soja -1,17%, café torrado e moído -1,08%.
Com relação aos lácteos, o leite longa vida apresentou o maior recuo, sendo -4,06%. Já as proteínas se mantiveram em queda: ovos (-4,96%), corte do dianteiro (-3,45%), corte do traseiro (-2,36%), pernil (-0,85%), frango congelado (-0,26%). No ano, as quedas nos preços da carne bovina variam, em média, –13% e do frango -10%.
Com informações da Abras.