A Abras – Associação Brasileira de Supermercados divulgou o Consumo nos Lares Brasileiros com aumento de 1,21% em janeiro de 2024, no comparativo com o ano anterior. Com relação a dezembro de 2023, a queda registrada é de -22,01%, de acordo com o acompanhamento mensal da entidade.
Vale ressaltar que o levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados e os indicadores são deflacionados pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo e IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Segundo vice-presidente da Abras, Marcio Milan, o consumo recua tradicionalmente no início do ano devido ao pagamento de impostos e despesas com educação. “A exemplo dos anos anteriores, ele tende a ser maior no final do trimestre, com o menor comprometimento da renda e a chegada da Páscoa”.
Entre as possibilidades de aumento para o primeiro trimestre de 2024, pode ser considerado o pagamento antecipado de 31 bilhões em precatórios, o PIS/PASEP para 28 bilhões de trabalhadores que o pagamento teve início a partir de fevereiro, além da manutenção dos programas de transferência de renda, como Bolsa Família e Auxílio-gás e o próprio reajuste do salário-mínimo (+6,97%) desde janeiro.
Abrasmercado
O Abrasmercado aponta que alimentos básicos puxam alta da cesta em todas as regiões, sendo que a carne bovina – corte dianteiro, perfil e ovos registraram recuo.
Responsável pelo indicador que mede a variação de preços nos supermercados, o Abrasmercado registrou alta de 1,40% em janeiro. Esse indicador mostra os alimentos básicos da cesta composta por 35 produtos de largo consumo – alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.
As principais altas apresentadas pelos itens básicos foram o feijão (+9,70%), do arroz (+6,39%), do óleo de soja (+2,84%), da farinha de mandioca (+2,27%), açúcar refinado (+0,85%), do café torrado e moído (+0,80%), do leite longa vida (+0,71%).
Com relação aos produtos de hortifruti, que tem sofrido impactos na oferta devido a problemas climáticos, sendo as principais altas foram batata (+29,45%) e tomate (+2,96%). Já a queda foi puxada por cebola (-5,57%).
Já a proteína animal, os recuos vieram da carne bovina – cortes do dianteiro (-2,02%), do ovo (-1,81%). O preço do pernil registrou estabilidade no mês. No acumulado de 12 meses o corte suíno registra queda de -2,74%.
Média Nacional
No mês de janeiro, a cesta passou de R$ 722,57 para R$ 732,69 uma alta de +1,40%, na média nacional. Na análise regional, todas as cinco regiões registraram alta.
Na região Centro-Oeste (1,95%) a cesta básica passou de R$ 680,64 para R$ 693,89.
Com informações da Abras